Por William Araújo
Setembro, o mês escolhido para campanhas de prevenção do Suicídio é também a data escolhida por professores de psicologia para ofertar palestras sobre o assunto. No bairro Buritis, neste sábado (10), a partir das 7h30, acontecerá o I Encontro de Psicologia UniBH sobre Suicídio com a temática “Suicídio: saber para prevenir”.
De acordo com Fernanda Franco, mestre em Psicologia,
“a pessoa, quando tenta se matar, não quer acabar com a vida, mas com o sofrimento para o qual não consegue ver outra saída. Se uma pessoa fala que deseja se matar, é preciso acreditar, apoiar e não a deixar sozinha. Deve-se tentar compreender a pessoa, sem julgamentos e sem conselhos, apenas ouvindo o que ela tem a dizer e encaminhando-a para serviços de saúde que possam ajudá-la de maneira mais adequada.
No Brasil, é proibido induzir, instigar ou prestar auxílio em casos de autoextermínio. De acordo com nosso Código Penal, há inclusive a possibilidade de uso de força se isso vier a impedir um suicídio. Eutanásia, suicídio assistido e morte digna ainda são tabus em nossas leis, como um reflexo de nossa sociedade”.
A campanha Setembro Amarelo se originou, em 2014, por meio das parcerias entre o Centro de Valorização da Vida (CVV), o Centro Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psicologia (ABP). No mesmo ano, o World Health Statistics (WHO 2014) divulgava que o Brasil estava na 4ª posição entre os países latinos americanos com maior crescimento no número de casos.
O mesmo instituto divulgou que, em 2015, no mundo, a cada segundo, 40 pessoas cometem suicídio. Essa já é a segunda maior causa de morte de pessoas entre 15 e 29 anos de idade. Além disso, na contramão, existem apenas 28 países no mundo que possuem estratégias para prevenção.
Segundo o relatório, indivíduos do sexo masculino cometem mais suicídio do que o feminino e a maior taxa de ocorrências, 75% delas, acontece em países de baixa e média renda.
O Japão, apontado como um país com alta taxa de suicídios, apresentou mais de 25 mil mortes em 2014 – 18,5 autocídios por 100 mil habitantes. Algo em torno de 70 mortes por dia.
No Brasil, de acordo com o último relatório divulgado, ocorrem 32 suicídios por dia – números superiores ao falecimento pelo vírus do HIV. São seis suicidas a cada 100 mil brasileiros.
Apesar de todos os riscos, o tema ainda é um tabu. Pessoas preferem não discuti-lo. Por esse motivo, para desmitificar o assunto, debates, seminários e palestras são tão necessários. A escolha de uma data mundial para trabalhar a prevenção do suicídio – dia 10 de setembro – também foi necessária.
As palestras ofertadas pelo curso de Psicologia do UniBH acontecerão no campus Estoril, avenida Professor Mário Werneck, número 1685. O evento será gratuito, aberto ao público externo e com emissão de certificados.
Para fazer a inscrição, acesse: https://goo.gl/forms/XQhy3Ab2W0N0KWI82
Veja abaixo o quadro de palestras e horários:
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