Buracos trazem problemas a pedestres e motoristas e estão há meses recebendo recapeamento paliativo
por William Araújo
A Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) afirma que Gasmig não é responsável pela reconstrução do asfalto em frente ao Parque Aggeo Pio Sobrinho e calcula que a obra no trecho custará R$692.992,15, mas não tem previsão para o início. Em nota, informa que outras partes da avenida Professor Mário Werneck estão no planejamento e esse é o local que precisa de maior atenção por causa da estrutura que dificulta a drenagem pluvial.
Na última segunda-feira (11), quando o prefeito Márcio Lacerda compareceu ao Parque Aggeo Pio Sobrinho, moradores e líderes comunitários aproveitaram a ocasião para cobrar soluções para o problema dos buracos na avenida Professor Mário Werneck. Após demandas da sociedade e o Jornal Daqui BH questionar os órgãos públicos sobre o assunto, a Sudecap se posicionou sobre a situação.
Entenda o caso
O trecho entre as ruas Maria Heibult Surette e Alessandra Salum Cadar foi um dos escolhidos pela Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), em fevereiro deste ano, para a implantação das tubulações de gás na região. De acordo com os moradores, a situação do asfalto piorou após acontecerem obras da Gasmig no local.
A companhia de gás finalizou as obras em março, aproximadamente, e alegou que todas as regras ditadas pelo Código de Posturas Municipal foram cumpridas, inclusive o recapeamento pontual dos locais onde houve intervenção.
No mapa a seguir é possível identificar os locais de intervenção assinalados em verde, na avenida Prof. Mário Werneck, sentido centro.
Veja quais as etapas seguidas pela Gasmig para instalação do sistema de abastecimento de gás na avenida Professor Mário Werneck:
Dias após a empresa ter finalizado os trabalhos de implantação do energético, o asfalto voltou a abrir rachaduras e mais tarde, com a chuva, buracos. A população reclamou nos órgãos públicos e em seguida, na imprensa. Clique aqui e veja a reportagem feita pelo jornal Estado de Minas em maio deste ano.
A empresade gás disse que o problema do asfalto, que está além do recapeado pela companhia, é de responsabilidade da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap). Na época, a Sudecap respondeu que esperava por recursos para fazer a restauração do local.
A Sudecap se posiciona
Segundo a Sudecap, a avenida Professor Mário Werneck já foi recapeada, em 2012, no trecho localizado entre a rua Cristiano Teixeira Salles e avenida Barão Homem de Melo, próximo à avenida Raja Gabáglia. De acordo com a empresa, foram recuperados cerca de 750m da via e essa obra custou 1 milhão de reais.
Questionada sobre quem seria o responsável pelo recapeamento da via após as intervenções da Gasmig. A Sudecap respondeu que:
A responsabilidade da manutenção dos trechos citados abaixo é da Sudecap, não cabendo à Gasmig:
– Trecho 1 (Recapeamento) – Entre Rua Cristiano Moreira Sales e Rua Heitor Menin – Neste trecho a Gasmig só interviu na pista sentido Centro-Bairro, cabendo à Sudecap o recapeamento da pista sentido Bairro-Centro.
– Trecho 2 (Recapeamento) – Entre Rua Heitor Menin e Rua Vitório Magnavacca – Trecho a ser recapeado pela Sudecap
– Trecho 3 (Reconstrução) – Entre Rua Alessandra Salum Cadar e Rua Maria Heibult Surette (trecho plano do Supermercado Super Nosso) – Neste trecho, devido as condições do pavimento (problemas de drenagem e estruturais), faz-se necessária a restauração/reconstrução total do pavimento e melhoria da drenagem superficial.
A Sudecap explicou que o problema do trecho três, compreendido em frente ao Parque Aggeo Pio Sobrinho, é estrutural. O local é considerado um “fundo de vale”, o que acarreta dificuldades de drenagem pluvial (água da chuva) e, posteriormente, deterioração do pavimento.
Para corrigir o problema, segundo a Sudecap, será necessária uma reconstrução:
“A operação compreende a escavação de todo o trecho, execução de colchão drenante, sub-base e base, seguida da aplicação de revestimento asfáltico e melhoria da captação superficial. O planejamento junto à BHTrans compreende a execução dos serviços citados em um dos sentidos da pista e, após o término destes, a execução no outro sentido”.
De acordo com a empresa, todos os procedimentos de desvios e execução já foram estudados pela BHtrans. A obra para o trecho está orçada em R$ 692.992,15, mas não há previsão para o início dos trabalhos.
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