Por Nathália Souza
No dia 17 de março, a Prefeitura de Belo Horizonte oficializou, em decreto publicado no Diário Oficial, o estado de emergência na saúde, além de medidas para conter os avanços da pandemia, como a suspensão de aulas e de serviços não essenciais. Na sexta-feira (22) a Prefeitura oficializou a reabertura gradual do comércio na capital, que teve início na segunda-feira (25).
Em meio a tantas notícias que provocam tensão, é preciso encontrar uma forma de continuar. É nesse momento que o ser humano tem colocado à prova sua capacidade de ser resiliente. Resiliência é saber lidar com situações adversas, ficar frente a frente com a pressão, obstáculos, problemas e, ainda assim enfrentá-los, com positividade.
Uma frase do escritor francês, Joseph Joube, diz que “você não pode evitar que os problemas batam a sua porta, mas não há necessidade de oferecer-lhes uma cadeira para sentar”. Talvez não seja possível exterminar todos os problemas e medos de imediato, mas precisamos encontrar uma maneira de não nos tornarmos reféns deles.
A psicóloga clínica, Josiele Sena, atenta para a importância de cuidarmos da saúde mental e à precaução que devemos ter no momento de nos informar, diz que “o momento de incertezas no qual estamos vivendo, com rotinas sendo remodeladas, causa estranheza no ambiente, gerando ansiedade, e isso é natural. O importante é manter os propósitos e a atenção voltada para a saúde física e mental. O excesso de informação nos causa angústias. Devemos estar bem informados, mas tudo na medida certa.”
A psicóloga complementa com uma frase que é o motor dessa matéria. “O ser humano tem a capacidade de organizar estratégias para cessar a dor, e a criatividade tem um papel significante na motivação.” É com o auxílio da criatividade que muitos estão superando as dificuldades causadas pelo período de quarentena.
“Agora é o momento certo para colocar em prática atividades que você desejava fazer ou aprender e não tinha tempo. Culinária, aprender um novo instrumento musical, um novo idioma, pintura, aquele curso que pode agregar no seu currículo. Mantermos ocupados é uma forma de não nos sentirmos improdutivos,” comenta Josiele.
Algumas tentativas de sucesso, outras nem tanto. A cozinha parece ter assumido o papel de coração da casa e a culinária tem sido um refúgio e palco para construção de memórias.
“Tentei me aventurar na cozinha, mas realmente foi um fiasco. A expressão de desespero das minhas filhas me deixou arruinada”, conta com humor a fotógrafa Olga Rodrigues, moradora do bairro Buritis.
Raquel Campos também se aventurou na cozinha. “Aqui em casa resolvemos tentar fazer pratos culinários novos. Fizemos pães, pizzas, bolos, biscoitos. Ficamos empolgados e todos os dias, praticamente, queremos inventar uma moda. Tem sido bem divertido!”.
Além da culinária, arte e música também ganharam espaço.
A psicóloga Luciene Rochael tem dedicado tempo para desenvolver suas habilidades de desenho e pintura. Enquanto isso, a nutricionista Natália Vieira Passos aproveitou o momento para aprender um instrumento, o Ukelele, e conta com a ajuda de vídeos e do esposo para aprender.
Algumas habilidades descobertas na quarentena se tornaram fonte de renda.
É o caso da Junia Mesquita. “Tive que me reinventar, pois, o trabalho que fazia antes, em escolas, está parado. Comecei a fazer empadão de frango com requeijão para vender, nunca havia feito antes! Graças a Deus está dando certo e todos estão gostando! Descobri um novo dom.”
A esteticista, Vera Conegundes, se reencontrou com a costura. “Depois de 22 anos com a máquina guardada no armário, resolvi tirar para tentar fazer máscaras caseiras para família, por eu ser do grupo de risco e para proteger meu pai. Isso deu tão certo que hoje estou fazendo para obter uma renda extra, pois estava desemprega. Estou amando, assim me distraio e ocupo meu tempo.”
O chefe de cozinha e proprietário do Gourmeria Culinária, Alexandre Alvarenga, conta que esse período o fez enxergar além dele mesmo. “Levantei um projeto e tenho cozinhado, toda semana, 120 refeições para moradores de rua. Também distribuímos roupas e cobertores. Estamos lutando para receber doações e reduzir a fome e o frio do próximo.”
Um dos pontos abordados pela psicóloga Josiele Sena, foi a fase de autodescoberta que enfrentamos durante a quarentena. Ela conta que esse é um processo muito positivo. Além de descobrir coisas novas sobre nós mesmos e colocarmos em dúvida outras questões, como refletir sobre nossos sentimentos e planos. Uma indicação da psicóloga é a prática de meditação, que ajuda a diminuir a ansiedade e o estresse.
Esse é um dos temas abordados por Camila Zambalde, personal trainer e consultora em fitness e saúde. Além de dicas de saúde e treinos online, Camila utiliza os stories e o IGTV para relatar experiências com meditação, transições e mudanças internas que tem sentido durante esse período de quarentena.
A personal organizer, Luisa Blandón, precisou interromper o trabalho presencial e encontrou na plataforma uma maneira de continuar ajudando seus clientes, abordando temas sobre os problemas que já eram relatados. Um dos trabalhos que desenvolveu durante a quarentena foi o e-book “6 passos para começar a organizar a sua casa”, que disponibilizou de forma gratuita nas redes sociais. Para se ajustar ao home office e ser mais produtiva com os conteúdos, ela conta que adotou a técnica Pomodoro, onde se concentra em blocos de 25 minutos por atividade.
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