Gabriel Pimenta
A Praça da Amizade, localizada no bairro Betânia, não fazia parte do projeto inicial do BNH (Banco Nacional da Habitação) e acabou se tornando um espaço vazio, onde era despejado esgoto e restos de materiais industriais, tornando difícil a convivência naquele lugar.
Mas foi lá no ano de 1987 que os moradores da região decidiram se unir e mudar a situação do espaço. Luciano Cabral, de 72 anos, conta como surgiu a praça:
“Era tudo vazio aqui, só tinha lixo e sujeira. Mas nós juntamos todos os moradores e conseguimos alguns tratores, além de termos ganhado mudas de árvores. Assim começou a surgir a pracinha, alguns anos depois, quando as árvores já estavam maiores, foi que a prefeitura assumiu o lugar”, conta.
O conjunto de casas planejado pelo BNH hoje é o lar de muitas famílias e de muitas histórias. O BNH foi uma empresa pública fundada em 1964, com o objetivo de estimular a aquisição da casa própria, assim como a construção de habitações de interesse social, por meio da iniciativa privada. O projeto acabou sendo extinto em 1986, por incorporação à Caixa Econômica Federal.
A praça passou por muitas mudanças ao longo dos anos, apesar do órgão público, já que inicialmente era um resto de construção que o BNH deixou de lado. Muitas melhorias foram feitas para tornar o lugar cada vez melhor. Anos atrás, os moradores sofriam com um problema de alagamento em épocas de chuva. “Quando chovia muito, entrava, além de água, muito barro dentro das casas, foi aí que a prefeitura decidiu intervir e construir galerias embaixo da praça, para escoar essa água no Rio Arrudas”, conta Luciano.
Quantas vezes passamos por praças na cidade e vemos crianças brincando, pessoas se exercitando e casais se conhecendo? Já parou para pensar que aquelas praças trazem consigo histórias, de diversas pessoas? A Praça da Amizade é um desses locais repletos de histórias incríveis que merecem ser contadas. Grande parte dos moradores da pracinha vivem ali há muitos anos, como é o caso de Luciano Cabral e sua esposa, Darcy Maria:
“Moramos aqui na pracinha há 43 anos, nossos filhos e netos cresceram aqui junto com a própria praça. Desde que meu primeiro neto nasceu comecei a plantar árvores para eles, já são quatro árvores que plantei, uma para cada neto”, explica.
A praça é rodeada por casas e comércios que formam uma comunidade, onde os moradores, em sua maioria, se conhecem e se ajudam, tornando aquele lugar ainda mais especial. A história de um casal chama bastante a atenção. Como alguns poderiam dizer, parece história de cinema.
Marcela e Vinícius Pimenta se conheceram ainda muito pequenos, com sete anos de idade, nessa mesma pracinha. Costumavam brincar na casa um do outro e, por muito tempo, foram amigos.
Mas já na adolescência começaram um namoro e daí para frente muita coisa aconteceu. Aos 20 anos, ambos decidiram cursar a mesma faculdade e foi no sexto período de enfermagem que descobriram que teriam um filho juntos. Ainda morando na mesma praça, dessa vez em sua própria casa, decidiram se casar e alguns anos depois tiveram que se mudar, pois a família estava crescendo. A história desse casal é um grande exemplo de como a Praça da Amizade pode guardar histórias incríveis.
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