Por Alexandre Santos e Luis Otávio Peçanha
A chegada do mês de junho marca a transição do Outono para o Inverno, evidenciando ainda mais as baixas temperaturas nas cidades. Durante esse período é necessário ter muita atenção com a exposição ao frio e cuidados como manter o corpo aquecido, se hidratar e evitar permanecer em ambientes fechados tornam-se ainda mais necessários afastar os problemas causados pelo frio.
Dados levantados pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), apontam que a capital mineira deverá apresentar uma queda de 1°C na temperatura mínima – de 17° para 16° – e, também, uma maior possibilidade de tempestades moderadas acompanhadas de ventos fracos. A chegada de estações mais frias traz uma grande preocupação com relação às pessoas em situação de rua.
O mês de maio registrou a temperatura mais baixa da capital mineira de 11,8°C, no dia 10 desse mês. Além disso, foi registrada também a menor temperatura do estado de Minas Gerais, no distrito de Camanducaia, na Região Sul, com os termômetros marcando incríveis 2,9°C, segundo matéria do jornal Estado de Minas.
A queda de temperatura pode significar um grande risco à saúde da população, principalmente daquela em situação de vulnerabilidade social. Por isso, durante esse período, surgem inúmeras campanhas que têm como objetivo arrecadar casacos, agasalhos e cobertores que serão distribuídos para estas pessoas, suprindo a necessidade de manter seus corpos aquecidos, buscando protegê-los desta grande exposição.
E com o intuito de auxiliar quem necessita que Débora Máximo fundou o Corrente do Bem RI, projeto responsável por desenvolver diversas ações sociais, bem como atividades em creches, abrigos e asilos. A fundadora da iniciativa, que trabalha com voluntariado há 21 anos, detalha que a instituição realiza campanhas o ano inteiro.
As campanhas para arrecadação e distribuição de agasalhos e cobertores na capital mineira acontecem durante os períodos de frio. Débora explica que a pandemia da Covid-19 (SARS-Cov 2) tornou o trabalho, promovido pela entidade, um verdadeiro desafio, tendo em vista que todo o material coletado deve ser devidamente higienizado. “Com a pandemia ficou complicado só receber as doações e repassar, por isso nós temos uma equipe que fica responsável por fazer uma triagem, lavar e colocar em sacos e só depois disso levamos para fazer a entrega. Também recebemos doação de cobertores novos, que já vêm embalados. Nesse caso só passamos o álcool na embalagem externa”, elucida.
Apesar da dificuldade, a crise sanitária do coronavírus não diminuiu a força de vontade e o desejo dos voluntários da Corrente do Bem RI em ajudar. Nesse momento, buscar alternativas e se reinventar para “fazer o bem”, como o próprio nome do projeto diz, é fundamental para chegar em quem realmente precisa.
Débora conta que, no ano passado, teve a ideia de deixar cobertores em frente ao seu prédio para que os motoristas que passassem em frente à residência pudessem recolher e entregar para pessoas sem teto. “No ano passado fizemos uma campanha muito legal, em que eu coloquei um banner com cobertores na porta do meu prédio para que as pessoas que passassem de carro pudessem tirar um cobertor e deixar no carro para que, quando encontrasse algum morador de rua pudessem entregar esse cobertor”, compartilha a fundadora do projeto.
O Corrente do Bem RI promove diversas outras campanhas, além da arrecadação de agasalhos e cobertores. Sobre isso, Débora ressalta: “promovemos ações com moradores de rua, asilos, abrigos e creches. Em comunidades fazemos serenata para as pessoas que estão precisando de um aconchego, temos um grupo da visita fraterna para servir lanches e cantar em hospitais”, detalha.
Questionada sobre como as pessoas podem colaborar, a fundadora do projeto ressalta que a doação é a melhor forma de contribuir com o serviço prestado por eles. Quem deseja fazer parte do Corrente do Bem RI ou fazer uma doação deve entrar em contato por meio do perfil oficial da iniciativa no Instagram.
Durante o frio, o corpo trabalha o tempo todo para manter a temperatura, já que o corpo aumenta o metabolismo para evitar uma possível hipotermia, como explica a médica plantonista Qézia Cristina Fonseca de Jesus. Reações como ereção dos pelos, tremores involuntários da musculatura e até vasoconstrição periférica, que é o aumento da circulação de sangue em áreas vitais, são ações do nosso corpo para nos manter aquecidos.
Pessoas com problemas respiratórios devem ter atenção redobrada com essas questões, pois o frio pode ser fator desencadeante de doenças respiratórias, podendo causar até uma hipotermia grave em caso de exposição extrema. “A variação de temperatura pode descompensar doenças respiratórias não transmissíveis como rinite e asma”, explica a médica. Ela também reforça a necessidade de mantermos o corpo aquecido, hidratado, com a vacinação em dia e evitar ambientes fechados para evitar a propagação de doenças respiratórias transmissíveis como gripes e resfriados.
Por fim, ao ser perguntada sobre alimentos que ajudam a fortalecer o organismo humano para evitar doenças relacionadas ao frio, Qézia fala sobre alimentos capazes alterar a percepção de calor, “aquecendo nosso corpo”, como a canela, pimenta e gengibre, mas também diz que só isso não é suficiente. “Para se manter livre de doenças é importante manter uma alimentação saudável acompanhada de atividade física adequada e regular.”, completa.
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Ótima matéria! É sempre importante fazer doações, e este período de frio principalmente.
eu amo um friozinho! só faltou a festa junina