Por Amanda Alves
A história de Márcia Machado no bairro Buritis começou há cinco anos, quando se mudou para a região na companhia do então namorado. Atraídos pela estrutura que o condomínio para onde se mudaram e o bairro ofereciam, de acordo com a entrevistada, as vantagens que o bairro proporciona aos moradores são muitas. A facilidade de acesso a serviços como escolas, supermercados e posto de saúde são algumas delas.
Embora identifique o trânsito como uma das desvantagens em relação ao bairro, Márcia diz que essa questão não interfere muito no seu dia a dia pela localização do condomínio onde mora.
A caminhada profissional de Márcia passa pela concepção e coordenação de um projeto de sucesso na capital mineira. O projeto Amor de Mãe nasceu de uma rede de apoio entre mães, que se reuniam para compartilhar experiências sobre a maternidade no sentido de retomar um princípio de coletividade, atualmente perdido no que diz respeito à criação e acolhimento das mães e das crianças.
“A gente queria devolver a coletividade para a maternidade, que a gente entende hoje como solitária. A maternidade não é comunitária como era na época das nossas mães e avós, quando criavam seus filhos perto das cunhadas, da sogra. Hoje em dia é cada mãe dentro do seu apartamento, com um filho, no máximo dois”, explica.
Márcia também aponta que o projeto surgiu para devolver essa experiência de colaboração entre mães na criação dos filhos.
De acordo com estudo da consultoria IDados, baseado em dados fornecidos pelo IBGE, produzido em 2020, cerca de 47,5% dos lares brasileiros eram chefiados por mulheres. Isso dá uma noção da mudança social que aconteceu nas últimas décadas, quando as mulheres passaram de coadjuvantes a protagonistas, no que diz respeito à provisão financeira dos lares.
Dentro desse panorama destaca-se a quantidade de mulheres empreendedoras que, de acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) em parceria com o Global Entrepreneurship Monitor 2020, [correspondem a 46% dos empreendedores iniciais (com até 3,5 anos de empresa) segundo relatório GEM, 2020.
Esse grande número de mulheres que se aventuram no empreendedorismo aponta para a importância de iniciativas que busquem apoiar e profissionalizar a atuação da mulher empreendedora, especialmente as que constituem parte das micro e pequenas empresas. Importante salientar que, muitas vezes, essa é a única saída para as mães solo, que precisam estar em casa para cuidar de seus filhos mas precisam produzir renda para manter a família.
No decorrer de 9 anos de trabalho no projeto, Márcia destaca que o grupo de mães começou a ocupar uma função de fomento à renda dessas mulheres participantes. O grupo entendeu, através da interação, que o principal problema enfrentado por essas mulheres dizia respeito à escassez ou mesmo à falta total de renda.
“Quando a gente entendeu que a maioria dos problemas das mulheres estava ligado à falta de renda ou a pouca renda que elas têm, a gente criou uma série de iniciativas de fomento, que vão muito além da loja colaborativa, que ficou muito famosa e que foi o que acabou dando um destaque pro grupo de mães que ele não tinha”, realça.
As iniciativas de fomento, segundo Márcia, passam por postagens orientando para o consumo consciente na página do grupo, o que estimula que que uma mãe compre produtos de outra mãe, criando uma rede colaborativa de circulação de produtos artesanais e serviços.
De acordo com Márcia, o grupo surgiu de uma reunião de empreendedoras, que se tornou uma feira que comercializava a produção destas empreendedoras, até culminar nas lojas colaborativas que hoje são o Amor de Mãe. As mães que ingressam no projeto passam por um processo de profissionalização no ramo do empreendedorismo, o que ultrapassa a experiência de compor o grupo.
Como Márcia aponta: “essa mãe aprende precificação, visual merchandising, tirar foto (dos produtos), postar na rede social. Aprende como “oficializar” o seu negócio, porque a mãe que vai vender seus produtos no shopping tem que emitir nota, aceitar cartão…então ela se torna uma profissional muito mais gabaritada, mesmo que não continue na loja”, afirma.
Hoje o projeto Amor de Mãe tem cerca de 5000 empreendedoras cadastradas e a loja conta com 40 estandes de venda de produtos artesanais, produzidos pelas integrantes. Você pode conhecer o trabalho visitando a loja que está localizada no 1ª piso do Shopping Del Rey (Av. Presidente Carlos Luz, 3001 – Pampulha/BH). Vale a pena conferir.
Siga o perfil no instagram do projeto: @grupoamordemaebh.
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