Por Welleson Mendes
Desde pequeno, Rodney desenha. Começou, junto com a escrita, inspirado pela veia artística da mãe e, principalmente, do avô, Major Humberto Buchemi, de Juiz de Fora. Foi ele quem apresentou ao neto o mundo das HQs, fazendo crescer o amor pelos heróis.
Rodney cresceu rodeado por quadrinhos como Fantasma, Mandrake, Flash Gordon e Batman. A paixão pelos desenhos cresceu tanto que decidiu desenhar profissionalmente.
No começo, a família não apostou completamente no talento do rapaz. “Foi aquele apoio sem apoiar, né? Diziam ‘bom, você gosta de desenhar, mas vai estudar, né?’ Mas eu sempre quis seguir essa carreira de desenho”, contou ele.
Seus primeiros quadrinhos foram produzidos em 1997, em Juiz de Fora, durante as férias na casa do avô. Rodney conheceu os donos da loja Compendium Quadrinhos. Juntos, montaram uma fanzine chamada Hermética. Nesta produção, cada artista contribuiu um pouco. Rodney publicou quatro histórias curtas na Hermética, com um total de oito páginas.
Em 2001, o artista começou sua carreira profissional nos desenhos, trabalhando à distância para a editora independente Zoolook Entertaiment, na Califórnia, Estados Unidos. Depois, passou para a Marvel e para a DC Comics, onde permaneceu até o ano passado.
Atualmente, Rodney dá aulas no Compendium Estúdio, como instrutor de desenho para quadrinhos. Se, antes, sua maior motivação para continuar desenhando era o avô, hoje,. “minha maior motivação é o meu baixinho, que vai fazer quatro anos agora”, afirma.
Desde 2004, Rodney mora no Bairro Buritis, onde conheceu Aline, sua esposa. O encontro dos dois é uma passagem confusa e cômica de sua vida.. Aline morava em um bloco vizinho ao de Rodney. Na época, ele era casado com outra pessoa. Houve um problema com a água do condomínio e, como subsíndico, o quadrinista foi chamado. Nessa confusão, se conheceram e, após a separação de Rodney, ele e Aline começaram um relacionamento. Algum tempo depois, veio o primeiro filho do casal. Rodney soube que seria pai no dia do seu aniversário. “Foi o melhor presente que ela podia me dar”.
Para quem está começando, Rodney recomenda muita dedicação. “Todo mundo acha que quadrinho é pra gente que não faz nada da vida. Muito pelo contrário. É um trabalho como outro qualquer. Você tem que acordar cedo, sentar na prancheta e produzir. Tem que dedicar”.
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