Outubro Rosa: um movimento que pode salvar vidas

Por Amanda Alves 

Neste mês é celebrado o Outubro Rosa, um movimento internacional de conscientização para a detecção precoce do câncer de mama, que acontece anualmente com o objetivo de compartilhar informações e promover  conscientização sobre a doença. Neste período do ano é comum que as empresas e instituições demonstrem seu apoio à causa, iluminando suas fachadas com luzes da cor rosa, para lembrar à população sobre a importância da prevenção à doença, que se realiza principalmente através do diagnóstico precoce. 

É o que orienta o material informativo disponível no site do INCA – Instituto Nacional do Câncer, órgão auxiliar do Ministério da Saúde no desenvolvimento e coordenação das ações integradas para a prevenção e para o controle do câncer no Brasil. De acordo com o órgão, o câncer de mama é um tumor resultante da multiplicação de células anormais nesta região do corpo. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns evoluem rapidamente; outros não. A maioria dos casos tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado no início.

Outubro Rosa no UniBH

O Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), por meio da Clínica Integrada da Saúde, oferece à população atendimento odontológico, médico e psicológico através de marcações realizadas pela central de marcação PBH. Neste Outubro Rosa, Matheus Otávio Vaz, Coordenador da Clínica Integrada, aponta que a relevância do movimento está justamente na importância do diagnóstico precoce no tratamento do câncer de mama. 

Matheus conta sobre as ações que a Clínica Integrada realiza dentro da programação do Outubro Rosa:

“Neste ano, realizamos pela primeira vez a iluminação externa da clínica para lembrar as pessoas que aqui existe uma clínica da saúde que atende 100% SUS. Estamos aumentando e melhorando a parceria com a PBH com ambulatório de especialidades”, observa.  

Ele lembra também que o exame mais importante para a detecção do câncer de mama é a mamografia, que deve ser realizada periodicamente por mulheres a partir dos cinquenta anos. O mamógrafo ainda não está disponível na Clinica Integrada para realização do exame, no entanto, é de interesse da equipe que a CIS consiga adquirir o equipamento no ano que vem, fato que pode contribuir para a consolidação da clínica como referência para a saúde pública básica na região oeste de Belo Horizonte. 

Uma experiência inspiradora

Embora a chegada da mulher aos cinquenta anos seja um fator importante para iniciar os exames periódicos para a detecção do câncer de mama, isso não significa que a doença não possa aparecer mais cedo. É o que aponta a experiência vivida pela jornalista Giulia Staar, moradora de Belo Horizonte, que teve o diagnóstico de câncer de mama confirmado aos 25 anos de idade. Em seu instagram, Giulia publicou uma carta aberta, em formato de vídeo, na qual narra sua experiência. 

No vídeo, a jornalista conta sobre a inspiração que teve ao assistir um outro vídeo depoimento publicado por outra mulher na mesma idade dela, que foi essencial para o enfrentamento do tratamento do tumor que a afetou.

“Foi muito importante pra mim ter visto este vídeo, me deu força, me inspirou pra continuar com meu tratamento, pra que eu fosse mais forte, e seguisse mais firme sabendo que tem outras mulheres enfrentando isso e que estão saindo fortes também”, declara. 

Giulia sublinha a importância do diagnóstico precoce para o sucesso do tratamento do câncer de mama. E aponta que, além da mamografia, o autoexame e os ultrassons também são efetivos para a detecção da doença, porque podem sinalizar anormalidades que conduzirão o médico para uma investigação mais aprofundada do caso. A experiência de Giullia ensina que é preciso ficar atento, não só durante o Outubro Rosa, para os sinais de que a doença pode manifestar e que isso pode ser determinante para o sucesso do tratamento.