Por Alexandre Santos
No bairro Havaí, localizado na Região Oeste de Belo Horizonte, a falta de uma ponte, que comporte a passagem de veículos e pedestres, é um problema para a população local, que já reivindicou a construção à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). A obra, que ligaria as ruas Professor Duque e Deputado Sebastião Nascimento, foi solicitada pelos moradores da região do Córrego do Cercadinho, com o apoio da Associação do Bairro do Buritis e aprovada em audiência pública do Orçamento Participativo Digital (OP) de 2011, mas ainda não saiu do papel.
Rômulo Belfort, membro do Conselho Regional de Transporte e Trânsito (CRTT) – Oeste, explica que todas as demandas são elencadas em reuniões com as regionais e com os conselhos comunitários e enviadas para a prefeitura.
“Todas as demandas que chegam à Associação do Bairro do Buritis (ABB) são enviadas à PBH. O ofício é encaminhado à Regional Oeste e depois direcionado aos devidos setores”, diz Rômulo.
O membro da CRTT argumenta que a obra da ponte é importante por ser mais uma opção de desafogo de trânsito na região, e ainda não saiu do papel por falta de vontade política e seriedade com o povo.
O morador do bairro Havaí, Pedro de Almeida, diz que a ponte é uma demanda necessária, pois a população local sofre a cheia do Córrego do Cercadinho em todo período chuvoso, o que dificulta no acesso ao outro lado do bairro.
“Além de necessário, é urgente, bem como há necessidade de se canalizar o córrego, para que as pessoas que vivem ali não tenham o risco de perder suas moradias devido às cheias no período chuvoso”.
Pedro também salientou que a construção da ponte trará mais segurança aos moradores do bairro e ocasionará em um desafogamento do trânsito em horários de pico na região. “Com certeza, a construção da ponte impactará positivamente a vida de todos os moradores do bairro Havaí”.
ORÇAMENTO PARTICIPATIVO DIGITAL
O Orçamento Participativo (OP) é um mecanismo implantado em 1993, que estimula a democracia participativa, concedendo ao cidadão a oportunidade de participar de discussões públicas com relevância para a população local. Nas discussões feitas em assembleias abertas, o cidadão é convidado pelo governo à opinar sobre pautas sugeridas pela comunidade.
Desde 2006, em Belo Horizonte, é possível participar das reuniões pela internet, com o OP. Segundo dados do Politize, o programa engajou 9% dos eleitores da cidade nas votações de 2006 e 2008, e atualmente contabiliza mais de 700 mil assinaturas. Para participar, o cidadão deve ter seu título de eleitor previamente cadastrado na Prefeitura de Belo Horizonte.
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