Por Rebeca Nicholls
O Coletivo do Cemar atua no Centro Municipal de Agroecologia e Educação Ambiental para Resíduos Orgânicos (Cemar) e realiza a recuperação do terreno através da utilização do sistema agroflorestal, conjunto de técnicas que une agricultura e preservação ambiental ou, no caso do Cemar, recuperação ecológica. Além disso, o projeto também mantém duas composteiras, sendo uma delas com a utilização de minhocas californianas.
A educação ambiental é muito importante, ainda mais em tempos onde a exploração sem medidas do meio ambiente está gerando a degradação do planeta. O Cemar surge com o intuito de educar a população acerca desse tema e ser um espaço coletivo de aprendizagem ambiental.
O Coletivo do Cemar, portanto, é o grupo de moradores do Estoril e região que se comprometeu a utilizar o espaço, de forma estratégica, através de técnicas como o sistema agroflorestal e a compostagem.
O senso de comunidade leva os moradores da região a participar das diversas atividades do coletivo, como criar canteiros, separar resíduos orgânicos, criar escalas de trabalho, estudar estratégias de plantio, colheita, entre outros. Ao fim da colheita, os participantes do projeto dividem hortaliças, frutas e raízes produzidas entre si. Em entrevista ao Daqui BH, Maria Araújo, umas das voluntárias do projeto, contou como foi o processo que iniciou o Coletivo.
“Em 2019, a Prefeitura começou a trazer cursos para a comunidade sobre compostagem, sobre agrofloresta, sobre manejo de várias culturas, sobre plantio e aí a gente foi aprendendo e, principalmente, entendendo qual o papel desse espaço”, relembra.
O Coletivo do Cemar começou a plantar a agrofloresta em agosto de 2019, pensando, principalmente, na restauração do terreno. Uma das características do sistema agroflorestal é a plantação de culturas diferentes, que agreguem benefícios para o terreno e produtos para quem planta. Dentre as culturas produzidas no Cemar estão o boldo, urucum, acerola, cenoura, beterraba, alface, rúcula, tomate, alho poró, repolho, entre outros.
A agrofloresta foi plantada em um pequeno “barranco” do terreno. O acesso para as plantações pode ser feito facilmente através de uma escada, também construída pelos voluntários. Com o passar de 3 anos, o espaço, que antes era apenas um barranco sem nada, se viu transformado através da atuação do coletivo ao longo do tempo.
O Coletivo também faz a reciclagem de produtos orgânicos através de duas composteiras. Uma delas faz o uso de minhocas californianas e possui características específicas, como a não utilização de frutas cítricas e gordura. A outra composteira, que é do tipo “Pallet”, não faz uso de minhoca e não tem tantas exigências a respeito do seu funcionamento.
“O minhocário utiliza de vermicompostagem, que é com minhocas. A minhoca é mais sensível, então não gosta de coisas cítricas e nem de coisas gordurosas. Nela a gente coloca, por exemplo, casca de legumes que não são cítricos, como a batata. Já na outra composteira, é possível colocar resto de carne, por exemplo. E funciona com a mistura de substâncias orgânicas e matéria seca, como folhas e gravetos, para a realização da decomposição”, explica Maria Araújo.
Os próprios voluntários levam os compostos orgânicos para realização da compostagem e o produto do processo de compostagem é usado para adubar o terreno do Cemar.
O Coletivo do Cemar compartilha as suas atividades no instagram e o lugar onde as atividades são realizadas fica na rua Nilo Antônio Gazire, número 147, no bairro Estoril.
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