Por Alexandre Santos
O mês de agosto sempre termina com uma mensagem muito importante, pois é nesse período em que são concentrados esforços para discutir e conscientizar a população sobre a Esclerose Múltipla. Atenção à enfermidade e diagnóstico precoce são discussões fundamentais do Agosto Laranja. Segundo dados da Pfizer, estima-se que cerca de 40 mil pessoas vivam com a Esclerose Múltipla no Brasil, seguindo uma média de 15 casos para cada cem mil habitantes. Já o Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES-MG) divulgou uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que revela a existência de 18 pacientes diagnosticados com EM para cada cem mil habitantes da capital mineira.
De acordo com o Guia de Sintomas e Doenças, divulgado pelo Hospital Israelita Albert Einstein, a Esclerose Múltipla é uma doença neurológica, crônica e autoimune que compromete a saúde dos neurônios e, por consequência, o sistema nervoso central. Nesse caso, o sistema imunológico da pessoa diagnosticada confunde células saudáveis da bainha de mielina, protetora dos nervos, com células hostis e as combatem.
Com isso, a ação das células formam uma espécie de barreira, danificando a comunicação entre o cérebro e o corpo. Segundo o Portal Sanofi do Brasil, dentre os sintomas mais comuns estão a visão dupla, tremores, perda de sensibilidade nos membros inferiores ou de um dos lados do corpo, além de fraqueza e dificuldade para exercer atividades corriqueiras, como escrever ou correr.
O neurologista Rodrigo Vasconcelos explica que o tratamento tem o objetivo reduzir a probabilidade de ocorrência de surtos, evitar qualquer progressão da doença, melhorar a funcionalidade e reduzir a incapacidade do paciente. Por essa razão, o tratamento precoce é fundamental para evitar surtos de repetição que podem resultar em um acúmulo de lesões.
Sobre o tratamento, o médico informa que existem dois processos distintos, o chamado agudo e o modificador da doença. O primeiro trata-se da gerência dos surtos por meio de imunossupressores. Já o tratamento modificador consiste no uso regular de remédios para evitar novos ataques do sistema imune ao sistema nervoso central. “Cabe ao médico assistente escolher qual é o melhor medicamento para cada caso, isto é, o tratamento deve ser individualizado de acordo com as características da doença e do paciente”, explica.
Morador do bairro Gutierrez, localizado na Região Oeste de Belo Horizonte, Thiago Pace, um jovem de 20 anos, teve seu diagnóstico para Esclerose Múltipla há um ano, em setembro de 2020. Mas o primeiro sintoma da doença surgiu há quatro anos, quando Thiago começou a sentir perda da sensibilidade e formigação no braço esquerdo.
Com o passar dos anos os sintomas foram se intensificando e Thiago relata ter sofrido mais três crises, cujo os sintomas foram a perda da sensibilidade da perna, seguida de perda de força e dificuldade na coordenação motora. “Minhas pernas têm uma pequena sequela de sensibilidade quando se trata de quente e frio”, compartilha.
“No dia a dia, não me impacta em nada, chego a esquecer que tenho. No começo era difícil “superar” ter a esclerose, mas com o tempo você passa a confiar na medicina e no remédio diário e assim é possível levar uma vida sem nenhuma dificuldade”, pondera.
Musculação, bicicleta e motocross. O estudante de pré-vestibular conta que pratica exercícios físicos regularmente, pois, por meio de pesquisas, descobriu que é muito importante que o portador de EM se mantenha ativo pela qualidade de vida e pelo controle na intensidade de futuras crises.
Thiago, que é cristão e encontrou conforto na espiritualidade, ressalta que recebeu apoio da família e dos amigos. Para ele, os amigos são como família, e desde o princípio deram suporte e se preocupam com sua saúde.
“O apoio é muito importante. Realmente é um choque para o portador, tudo é muito novo, não se ouve coisas boas no dia a dia sobre a EM, então é ainda mais complicado. Os sites também não ajudam muito, pois existem vários tipos dela. É importante respeitar o tempo e buscar saber sobre sua doença, assim você entende que é tudo mais simples do que imagina”, pontua o estudante.
30 de agosto marca o dia nacional da conscientização acerca da Esclerose Múltipla (EM) e foi oficialmente instituído por meio da Lei nº 11.303.2006, com a finalidade de conferir visibilidade acerca da patologia e da importância de seu diagnóstico precoce.
Segundo a associação Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME), 80% dos brasileiros nem mesmo sabem o que é a patologia, por essa razão, trazer esse assunto para debate é muito importante, afinal, a rápida detecção da doença é fundamental para que o diagnosticado tenha maior qualidade de vida.
Conforme explica Rodrigo Vasconcelos, o tratamento precoce é fundamental para evitar surtos de repetição que resultam em acúmulo de lesões com incapacidade progressiva. Por isso, caso você tenha manifestado algum dos sintomas mencionados neste texto, procure rapidamente um neurologista.
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