Por Ana Maria Rocha
Dia 28 de julho é marcado como o “Dia Mundial de Combate à Hepatite”, um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. No ano de 2010, a Organização Mundial de Saúde (OMS) designou esta data para conscientização e combate das hepatites virais.
A data tem o objetivo de reunir a sociedade para o propósito único de aumentar a conscientização sobre o problema global da hepatite viral e influenciar algumas mudanças que facilitem a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da doença.
Segundo a Biblioteca Virtual da Saúde, cerca de 325 milhões de pessoas no mundo são afetadas pelas hepatites virais B e C, que causam 1,4 milhões de morte por ano. No ano de 2020, por exemplo, em todo o mundo, cerca de 290 milhões de pessoas viviam com hepatite viral. Muitas dessas pessoas, no entanto, desconhecem que estão contaminadas com a doença.
A Lei nº 13.802/2019 instituiu o Julho Amarelo no Brasil e, neste mês, ocorrem ações relacionadas à luta contra as hepatites virais. Ações como essas ocorrem todos os anos em todo território nacional.
Para falar um pouco mais sobre a doença, conversamos com o médico Felipe Julião. Segundo ele, a hepatite pode atingir pessoas em qualquer fase da vida, desde crianças e jovens, até adultos e idosos. A doença também não tem predileção específica por gênero.
De acordo com o médico, para se prevenir das hepatites existem várias formas, como usar preservativos, evitar o uso de medicamentos sem prescrição médica (porque algumas lesões do fígado são causadas pelo uso excessivo de medicamentos), evitar ingerir bebidas alcoólicas e consumir alimentos gordurosos, porque causam prejuízo nas funções hepáticas.
“A doença pode ser combatida, uma vez que a gente pode ter programas, promoção e prevenção das ISTs [Infecções Sexualmente Transmissíveis] de uma maneira geral. Programas de promoção à saúde que estimulem as pessoas a terem hábitos de vida mais saudáveis”, comenta o médico Felipe Julião.
Hepatite é caracterizada pela destruição das células do fígado, com a presença de células inflamatórias no tecido hepático. A hepatite, portanto, é a inflamação do fígado, causada pelo uso excessivo de medicamentos, a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas e o uso de drogas. Ela pode ser considerada uma doença autoimune ou genética.
. Febre;
. Olhos amarelados;
. Pele amarelada;
. Urina escura;
. Dor abdominal;
. Vômitos;
. Fadiga;
. Dor nas articulações;
. Vermelhões na pele;
. Perda de memória;
. Fezes claras.
– Hepatite A: grande número de casos, está relacionada às condições de saneamento básico e de higiene. É considerada uma infecção leve e existe vacina.
– Hepatite B: é o segundo tipo de hepatite; sua transmissão é por via sexual e contato sanguíneo. A melhor forma de prevenção é a vacina, associada ao uso do preservativo.
– Hepatite C: é a principal causa de transplante de fígado. Sua principal forma de transmissão é o contato com sangue. Pode causar cirrose, câncer de fígado e morte. Não tem vacina.
– Hepatite D: ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus da hepatite B. A vacina contra a hepatite B também protege da infecção da hepatite D.
– Hepatite E: sua transmissão é por via digestiva (transmissão fecal-oral), ocorrendo grandes epidemias em algumas regiões.
Vacina contra a hepatite A: a vacina é indicada para crianças de 1 ano a menores de 2 anos. É aplicada em dose única, com proteção permanente e está presente no calendário nacional de vacinação. Só é indicada para uma segunda dose em casos determinados, por exemplo: crianças menores de 13 anos com HIV/Aids, fibrose cística; trissomias (síndrome de Down), entre outras.
Vacina contra a hepatite B: a vacina é indicada para crianças, adolescentes, adultos na faixa etária de 30 a 49 anos e todos os recém-nascidos recebem a primeira dose após o nascimento. A vacina contra a hepatite B está presente no calendário nacional de vacinação e pode ser encontrada nos Sistema Único de Saúde (SUS).
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