Por Carolina Rizzo
Em um mundo onde a tecnologia está cada vez mais avançada, crimes virtuais ganham espaço nas redes, fazendo várias vítimas diariamente. Os famosos golpistas estão sempre atentos, principalmente em um momento delicado como esse em que vivemos.
A pandemia da Covid-19 trouxe ao mundo pânico, medo, incertezas e desinformação. Em consequência do isolamento social, as pessoas estão cada vez mais conectadas e acabam correndo mais riscos. Ao pagar uma conta, ao fazer uma compra pela internet ou até mesmo ao acessar links, é preciso cuidado absoluto, pois é nessas horas que os bandidos entram em ação.
Em Minas, o número de crimes cibernéticos aumentou quase 50% em comparação ao ano passado. Segundo dados da Polícia Civil, de janeiro a maio deste ano, foram registrados 3.070 casos de crimes cibernéticos, quase 606 registros a mais que no mesmo período de tempo em 2019.
Uma das redes mais usadas pela população, o WhatsApp vem sendo a maior “ferramenta” dos bandidos. Um dos golpes mais utilizados por eles é o golpe do auxílio emergencial. Primeiro, o usuário precisa acessar o link e, automaticamente, é incentivado a responder algumas perguntas como: “você é beneficiário do bolsa família?”. Ao respondê-las, a vítima faz um cadastro para receber o suposto auxílio e deve compartilhar o link com os seus contatos nas redes sociais. Logo em seguida, a vítima é direcionada a uma página onde são pedidos seus dados pessoais para a conclusão do cadastro.
Regina da Silva, motorista de Uber e moradora do bairro Betânia, foi uma entre várias vítimas dos golpistas. A motorista, que não quis dar muitos detalhes sobre o ocorrido, relatou não imaginar que poderia estar caindo em um golpe:
“A primeira coisa que veio na minha cabeça foi o desespero de não estar trabalhando e a necessidade de colocar comida em casa. Em nenhum momento passou pela minha cabeça a chance de ser um golpe, acabei me precipitando. É importante ter atenção ao sair apertando qualquer coisa que recebe nas redes sociais, eu sempre fui bem cautelosa, mas naquele momento não pensei.”
Regina ainda falou da importância de se ter uma atenção redobrada na internet e uma denúncia imediata pela vítima.
“A pessoa que cair em um golpe virtual precisa ir imediatamente à delegacia especializada em crimes como esse e dar a queixa, a partir daí as investigações serão iniciadas. É muito importante que as pessoas fiquem atentas e desconfiem de qualquer coisa suspeita, como ofertas milagrosas na internet, links compartilhados sem antes conferir, aplicativos falsos e etc.”
Em 2012, a atriz Carolina Dieckmann foi alvo de um crime virtual. Hackers invadiram o seu e-mail, de onde baixaram fotos íntimas da atriz. O conteúdo foi compartilhado na internet após Carolina não atender às ameaças dos bandidos. A lei 12.737/12, que dispõe sobre a tipificação criminal de delitos informáticos, já estava sendo analisada, mas ganhou ainda mais força após o crime e ficou conhecida como Lei Carolina Dieckmann. A Lei estípula a prisão de três meses a um ano, além do pagamento de multa, para condenados pelos delitos informáticos.
Em entrevista com a nossa equipe, a advogada criminal e da família, Regina Mayer, falou um pouco mais sobre a lei Carolina Dieckmann.
“É uma lei que ainda tem lacunas, é confusa, muitas vezes gera um conflito quanto a sua eficácia. Mas é uma lei que tem como objetivo preservar a intimidade da vítima e defender a honra e o patrimônio financeiro das mesmas em caso de lesão por esses crimes cibernéticos”
Em um vídeo publicado no dia 09 de abril, o delegado da Polícia Civil de Minas Gerais, Guilherme Santos, deu dicas de segurança para que as pessoas fiquem atentas quanto aos crimes cibernéticos em Minas.
De acordo com o delegado, devido ao isolamento social, as pessoas estão tendo cada vez mais contato com a internet, o que influencia no aumento dos números de crimes cibernéticos. Guilherme ainda frisou a importância de redobrar a atenção.
“Desconfie de mensagens e e-mails recebidos que pedem para que você clique em algum link ou abra algum arquivo; verifique o e-mail do remetente que está encaminhando a mensagem, muitas vezes isso fica oculto no e-mail; bancos, telefônicas e grandes lojas não costumam usar domínios públicos pois possuem domínios próprios, fique atento a isso; Dê preferência para acessar os links diretamente pelos sites ou aplicativos diretamente pela loja; evite acessar links encaminhados; muita atenção quando houver a solicitação de códigos enviados, certifique que você está inserindo diretamente no aplicativo que está fazendo a solicitação e verifique se não é uma isca para que possa ter acesso a um aplicativo ou alguma rede social sua.”
Segundo a PCMG, se você for vítima de algum golpe, entre imediatamente em contato com a polícia e registre a ocorrência. A recomendação é que o cidadão agende o dia e o horário de comparecimento. A Polícia Civil presta atendimento 24 horas, todos os dias. Para mais informações de contatos das delegacias, acesse o site da PCMG: www.policiacivil.mg.gov.br.
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para comprovação do fato ocorrido na internet, vale lembrar que as simples printscreens são provas fracas, cada vez mais na justiça os juízes não tem aceito este material, devido a facilidade na falsificação e a dificuldade de comprovar sua autenticidade.
A tecnologia tem sido aliada ao combate aos crimes digitais, dando agilidade e confiabilidade na coleta de provas digitais, como é o caso da Verifact tecnologia. A coleta é feita de forma ágil, disponível 24 horas por dia via plataforma online. Tem validade jurídica e é utilizada por advogados de todo o Brasil, Ministério Público da Bahia, Polícia Civil do Paraná, departamentos jurídicos de empresas como Habibs, Electrolux, Catho e Ticket. Tem casos de aceitação de provas em pelo menos 5 estados brasileiros.