Decididos a lutar para coibir o aumento da criminalidade, comerciantes e a PM criaram a Rede de Comerciantes Protegidos, do bairro Buritis.
Por Victória Trigueiro e Wellerson Mendes
A estratégia é simples: os comerciantes estão reunidos em um grupo da rede social Whatsapp e, por meio, dele trocam mensagens sobre atitudes suspeitas nas ruas da região. Além disso, recebem dicas de segurança da polícia que acompanha de perto as denúncias dos donos dos estabelecimentos.
Segundo o Major Gondinho, a criminalidade na região subiu cerca de 19% no primeiro trimestre de 2016, em comparação ao mesmo período do ano passado. “Sou funcionária e moradora e a criminalidade é alta não só para o comércio, mas para as residências também”, afirma Luciana Diniz, recepcionista em um salão de beleza da avenida Professor Mário Werneck.
A principal intenção de criar a rede é a prevenção, o que já ocorre em outros lugares de Belo Horizonte e vem dando bons resultados. A ideia surgiu a partir da Rede de Vizinhos Protegidos, a qual atua no bairro Buritis e também auxilia a polícia na prevenção de crimes e monitoramento de suspeitos.
A Rede de Comerciantes protegidos se reúne periodicamente para alinhar assuntos, apresentar resultados e estatísticas e pontuar problemas. As primeiras reuniões aconteceram nos dias 15 e 16 de março, com apenas alguns comerciantes, mas, hoje, conta com quase 200 adeptos, relata o co-fundador da rede, Bráulio Lara.
Independente do grupo da rede social Whatsapp, o conselho da polícia é entrar em contato primeiro – sempre que possível – pelo número 190. A 126ª Companhia de Polícia está localizada na rua José Laporte Neto, número 237, bairro Estoril, e o telefone de contato – (31) 3378-1332 – também é uma alternativa.
O objetivo da rede é atender a todos os comerciantes do bairro Buritis e entorno, mas alguns donos de comércio ainda não sabem do projeto. “Eu acho que a Rede é necessária, mas não a vejo atuante. Ela poderia ser mais divulgada”, afirma a recepcionista Luciana. Existe a possibilidades de comerciantes que ainda não aderiram à rede se integrarem ao projeto.
Mas antes deverão passar por todas as reuniões para entender a criação do grupo, não só fazer parte de um grupo sem comunicação. “A ideia é formar um laço entre os membros em que um comerciante ajude a proteger o outro”, diz a soldado Virgínia. Ainda não há previsão para a próxima reunião, mas os comerciantes interessados em fazer parte da rede podem entrar em contato com o Major Godinho, na 126ª Cia de Polícia, pelo telefone (31) 3378-1332 ou, com Bráulio Lara, co-fundador da rede pelo telefone (31) 99739-3610.
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