por Ney Felipe e Arthur Scafutto
Quem transita entre as avenidas Barão Homem de Melo e Silva Lobo pode ser pego de surpresa ao ver a transformação da velha “Casa da Árvore” incendiada em uma biblioteca ao ar livre. O Incêndio causou comoção em quem passava pela região, mas serviu de ponto de partida para um belo projeto.
Klinger Douglas, ex-morador da casa e idealizador do projeto, sonhava na revitalização do reduto para que continuasse existindo uma biblioteca comunitária. A iniciativa contou com ajuda de voluntários e muita força de vontade de Klinger Douglas.
O projeto iniciou com catadores de material para reciclagem, que recolhiam e separavam os livros, deixando-os expostos para quem passasse pelo local ver ou até mesmo levar para casa.
“O pessoal passava e via os livros expostos, sempre perguntavam se era para vender. Mas a nossa intenção não era vender e sim dar continuidade ao projeto. Hoje tenho orgulho de ser voluntário e ajudo quem passar por aqui a escolher um bom livro.” conta Thiago Altair, catador e voluntário do projeto.
Hoje a biblioteca ao ar livre conta com o apoio da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), que atuou na reforma da praça e contribuiu com armários e prateleiras para que os livros fossem guardados.
Thiago Altair dos Santos ainda acrescenta sobre a importância deste apoio vindo da PBH.
“O apoio da prefeitura foi fundamental para a boa convivência do projeto. Quando fiscais chegam por aqui não precisamos correr, pois não recolhem mais o nosso material. A polícia também não intervém mais. Antes chegavam falando que estávamos em um local público.” acrescentou, Thiago Altair.
Entenda o caso:
A construção foi erguida por quatro “sem tetos” e, por ficar debaixo de um pé de mangueira, ganhou o apelido de “Casa da Árvore”. O incêndio mobilizou Corpo de Bombeiros e Polícia Civil, mas até a presente data não há resposta sobre o acontecido
Com o fato populares e transeuntes que passavam pela avenida, sensibilizados pelo incidente, se reuniram em prol da “Casa da Árvore” e buscaram uma alternativa junto à Prefeitura de Belo Horizonte para manter a memória do local.
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