Grupo de aproximadamente 50 síndicos aproveitaram a reunião para questionar sobre problemas do bairro
Por William Araújo
A noite da última quinta-feira (22) foi marcada pela segunda reunião dos candidatos a vereador moradores do bairro Buritis. Desta vez, quem organizou o evento foi o grupo de síndicos da rua Ernani Agrícola e adjacências, que representam, aproximadamente, 2500 moradores.
Francisco Pimentel e Eder Silva, síndicos, capitanearam a reunião e apresentaram uma lista de problemas levantados pelos condôminos dos prédios em que atuam. Entre as demandas estavam assuntos sobre a mobilidade, educação e saúde no bairro.
Rol de problemas apontados:
- Ruas com pavimentação precária
-
Criação de acesso no anel rodoviário com saída do bairro para o sentido Rio de Janeiro
-
Revitalização de algumas ruas no Buritis que estão no mapa, mas não estão viabilizadas
-
Iluminação pública
-
Restauração e melhoria dos parques e praças
-
Obras inacabadas da Habitare
-
Transtornos nas vias públicas e retornos da avenida Professor Mário Werneck
-
Segurança
-
Postos de saúde para o Buritis
-
Mobilidade nas entradas e saídas do UniBH durante os horários de pico
-
UMEI para o bairro Buritis
-
Trincheira no encontro das avenidas Raja Gabáglia e Barão Homem de Melo
-
Qual tipo de comunicação que o candidato manterá com os eleitores após eleito
Daí em diante, os candidatos tiveram cinco minutos cada para apresentar suas propostas e responder aos questionamentos.
Bráulio Lara – 28300
O candidato alegou que o a transformação só é possível através do trabalho. Se eleito, fará a ponte entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a Associação de Moradores do Bairro Buritis (ABB).
De acordo com o candidato, o fator preponderante para evolução do Buritis é captar recursos. Considera possível a instalação de um posto de saúde dentro do COP e, além disso, defende a construção de escolas públicas no bairro.
Fred Papatella – 30400
O candidato apontou que um dos problemas do Buritis é a segurança e, por isso, a iluminação pública é fundamental. Sobre a mobilidade, considera a mata localizada atrás do UniBH passível de adaptação para esse fim, com a construção de uma via para entrada e saída de alunos – de acordo com estudo de um parceiro do candidato, a Petra Engenharia.
Outro item levantado pelo candidato é a finalização da rua Henrique Badaró e a instalação de um posto de saúde.
Prof. Ivo Villani – 23007
De acordo com o professor, o maior problema do bairro é não ter representatividade política dentro da câmara de vereadores. Com isso, é possível canalizar recursos.
O professor, que nunca foi candidato, não pretende seguir carreira política, mas atendeu pedidos de conhecidos para concorrer este ano. Segundo ele, a meta, se eleito, será fiscalizar e manter o contato com os moradores do bairro.
Marcelo Abreu – 31444
O candidato disse que o bairro ficou esquecido e que as construtoras precisam se responsabilizar pelo entorno de seus empreendimentos (ruas e parques). De acordo com Marcelo, a saída pelo Anel apenas iria aumentar o trânsito na região, por isso é contra.
Para segurança, Marcelo disse que o policiamento precisa ser, efetivamente, compartilhado com a Guarda Municipal. Além disso, a guarda precisa de motos para fazer as rondas no bairro e atuar armada, sendo necessário ainda uma base militar na saída para o anel rodoviário.
Paulo Gomide – 31001
Durante todos os 20 anos como membro da associação, Paulo disse que foram criadas propostas para resolver os problemas da região. Mesmo não existindo uma representatividade política na câmara, o bairro tem representatividade civil por meio da associação de moradores.
Para resolver o problema da mobilidade a Associação criou o projeto “Anel do Buritis”, o qual pode ser encontrado em seu site. De acordo com o projeto, a continuidade da rua Henrique Badaró é complexa, pelo valor que será investido, e, por isso, é necessária uma alternativa. Sobre o problema da segurança, defende a necessidade de focalizar na causa e não apenas no efeito.
Edilson Cruz – 36999
Funcionário da CDL, reiterou que, se eleito, fará reunião mensal com a comunidade para ouvir as demandas e discutir problemas.
Para educação, Edilson considera necessário adotar a escola em tempo integral. Na saúde, defende a unificação de prontuários e uma UPA no Buritis.Defende ainda a união entre a Guarda Municipal e a Polícia Militar como estratégia efetiva para combate à criminalidade e a pavimentação enquanto solução para mobilidade urbana.
Hebe-del Kader – 77866
O candidato frisou a necessidade de financiamento para custear reformas e melhorias no bairro.
Outro apontamento do candidato é que o eleitor precisa mudar. Sem uma mobilização do eleitor, junto aos representantes – cobrando e propondo -, nada irá acontecer, defende.
Lu Crepaldi – 23023
A candidata disse ter lutado pelo empoderamento da mulher durante toda sua carreira como funcionária pública, chegando a ser coordenadora no programa de política para as mulheres.
Para ela, o orçamento já está comprometido nos próximos dois anos e as propostas precisavam ser realistas. A candidata considera a sensação de insegurança no bairro maior do que o volume real de ocorrências. Contou que a mobilidade deve priorizar a movimentação por transporte público e defendeu a necessidade de intercâmbio entre jovens de classe baixa e alta.
Marcelo de Abreu e Lima – 30002
Jornalista por profissão, o candidato comparou o bairro Buritis a Ipanema, onde morou grande parte de sua vida. Foi presidente na Associação de Moradores do Bairro Buritis (ABB) e, neste período, aprendeu e contribuiu muito.
Para a política, acredita que o processo burocrático precisa ser reduzido e que a informação nos setores públicos precisa ser universalizada. Desse modo, a reforma precisa ser ampla. Defende a criação do posto de saúde e promete estar sempre presente na comunidade.
Varlei Brasil – 31351
O candidato é contrário à cultura individualista e, ilustrando o atual cenário brasileiro, disse que estamos em um incêndio. Em resposta aos questionamentos, disse que os resultados virão a médio e longo prazo.
Neste ambiente, o maior valor do candidato é ouvir. Em uma oportunidade observou que todos têm direito aos serviços públicos, mas o grande problema vem da carência de ofertas. Salientou que a educação é o meio para mudar esse paradigma.
Chiquinho Santos – 15069
O candidato defende as minorias e luta contra a discriminação racial. Vê na educação e nos projetos sociais a solução para a formação dos jovens carentes.
Com respeito à mobilidade, propõe fazer uma lei de cicatriz em Belo Horizonte, em que uma intervenção feita em qualquer rua, resultará na manutenção de toda via – para que não existam cicatrizes e buracos no asfalto. Considera o policiamento integrado como a melhor solução para os problemas de segurança.
João Marcelo – 77555
O candidato falou da sua história de vida e como o empresário não é valorizado no Brasil. Disse que chegou a ter 30 funcionários e, hoje, trabalha sozinho com a irmã. Falou que também foi uma vítima dos empreendimentos da Habitare, mas lutou por seus direitos – o candidato é formado em Direito.
Considera que o Buritis tem dois grandes problemas: mobilidade e segurança. Por isso, entradas e saídas organizadas para o UniBH e a integração da polícia resolveriam essas questões.
Fred Prado – 43555
O candidato tem propostas para o empreendedorismo e vê na organização do Uber um auxiliar para a mobilidade do bairro.
Criticou o repasse do orçamento da prefeitura ao Buritis e defendeu a acessibilidade para os idosos. Se eleito, fará a aproximação do bairro com a câmara de vereadores.
Candidatos ausentes
– Patrícia Guimarães: confirmou, mas não compareceu
-
Simone Penna: não respondeu ao convite
-
Marco Aurélio Carone: não respondeu ao convite
Sem comentários