Por Beatriz Fernandes
Conforme anunciado pelo secretário de Planejamento, Orçamentos e Gestão, André Reis, Belo Horizonte reabriu as academias da cidade no dia 31 de Agosto. Na contramão do Minas Consciente, a prefeitura de Belo Horizonte elaborou um protocolo próprio para ser aderido por funcionários e clientes.
“A abertura é responsável. Confiamos que os níveis de ocupação de leitos em BH podem nos atender. Não podemos nos acovardar sobre a queda dos números, como não acovardamos quando aceitamos a alta deles”, disse o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil.
O protocolo exige o distanciamento de 7m², uso de máscara, disponibilização de solução desinfetante, além de agendamento prévio do horário. Mesmo com o retorno bem estruturado, a princípio, os rumores da reabertura causaram opiniões diversas e estranhamentos.
Afinal, em um contexto normal, a academia é um lugar de contato físico e exposição. No mundo atual de distanciamento social e precaução extrema em não ter o contato com objetos e substâncias possivelmente contaminados, pensar em uma maneira em que essas atividades pudessem retornar parecia inviável.
A gerente da academia RD2 Fit, Kátia Bahia, 39 anos, expôs esse temor inicial que sentiu sobre a volta às atividades. Mesmo se preparando para esse momento previamente, contou que receava a aceitação dos alunos, mas que o momento tem superado as expectativas.
“A gente tava com muito medo de que o retorno fosse bem frio por parte das pessoas. Pra gente está sendo até uma surpresa, porque achamos que o movimento seria baixo no início. As aulas coletivas, por exemplo, estão cheias! Mesmo com a nova capacidade permitida, estamos tendo aquisição de planos de novos alunos, o que era algo que a gente não estava esperando que acontecesse por agora.”
A gerente estima que cerca de 60% dos antigos alunos retomaram às atividades presenciais, que estavam suspensas desde o dia 17 de março. Mesmo assim, o plano B de aulas online continua disponível para aqueles que ainda não se sentem confortáveis com o retorno.
A advogada e aluna da academia, Edna Maria, 37 anos, contou sobre a adaptação para esse novo momento.
“O único incômodo é o uso da máscara, mas já me acostumei. Confesso que não tive medo de retornar.”
Já o proprietário do estúdio de crossfit e funcional Ultra FitCamp, Thiago de Oliveira,37 anos, contou que o retorno tem sido gradual. Ele explicou que, para exercícios de grande intensidade, o uso da máscara é mais desconfortável que o normal.
“Os alunos acabam abaixando a máscara no meio do exercício. Mas como trabalho com aulas curtas, de 35 minutos, tenho um tempo bem grande de higienização de todo o ambiente entre uma aula e outra.”
O clima de segurança nas academias é resultado do cumprimeito de forma rígida do protocolo. Edna contou que o profissionalismo e cuidado dos funcionários estão sendo essenciais para que essa fase seja mais leve possível. Por isso, é importante ressaltar que não é momento de abaixar a guarda em todas as medidas de segurança nos estabelecimentos que agora podem retomar as atividades.
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