O grupo promete valorizar os pequenos produtores artesanais do bairro Buritis
Por Welleson Mendes e William Araújo
Iniciada em outubro de 2014, por meio de uma professora aposentada e mais quatro moradores do bairro que confeccionavam e doavam roupas para recém-nascidos, o “Buritis Faz Arte”, agora, passa a ser reconhecido formalmente como Associação Cultural Artística Buritis Faz Arte.
Apesar do projeto ter sido aprovado em maio de 2016, o CNPJ foi emitido em três de novembro.
A associação civil nasceu para dar força a artesãos e artistas, fazendo a ocupação autorizada dos espaços públicos do bairro Buritis para promover ações culturais, como artesanato, gastronomia, educação, música, teatro, dança e outras.
Idealizado por Desireé Guimarães, o “Buritis Faz Arte” conta, hoje, com 39 expositores artesãos que participam da Feira de Artesanato e Gastronomia organizada pela Associação. O evento ocorre em todos sábados, de 9h às 13h, no parque Aggeo Pio Sobrinho.
A motivação
A Missão da Associação é apoiar a comercialização de produtos artesanais e comidas típicas do bairro, gerando trabalho e renda aos moradores da comunidade local ao mesmo tempo em que promove e incentiva o resgate da cultura na região.
No âmbito da Visão, o “Buritis Faz Arte” pretende se tornar uma referência cultural para Belo Horizonte, assim como, a Feira Hippie, conta Desireé.
Cultura é necessária
A professora aposentada sempre sentiu o ímpeto de ajudar as pessoas. Após algum tempo participando de eventos do bairro, procurou por centros culturais em vão. Daí, decidiu por iniciativa própria realçar a cultura na região.
O Buritis é o segundo mais populoso bairro de Belo Horizonte com, aproximadamente, 30 mil moradores. Contudo, carece de centros culturais e qualquer outro equipamento público nesse aporte. A Associação de Moradores do Bairro Buritis, a ABB, está há 20 anos lutando pelos direitos dos moradores da bairro, mas, agora, ganhou um aliado na busca da melhoria da qualidade de vida dos moradores.
Há cerca de dez anos, um centro cultural particular, chamado Maria Lívia de Castro, havia se estabelecido na rua Teresa Motta Valadares, mas fechou por motivos desconhecidos. O único recurso, próximo ao bairro é o Centro Cultural Salgado Filho.
Por isso, “um dos projetos da Associação Cultural é conseguir um espaço, cedido pelo poder público, para lecionar a jovens e adultos os ofícios de um artesão”. Outro aspecto do projeto é o interesse na complementação financeira de seus agregados.
Cunho Social
A Associação, também, promove campanhas solidárias para arrecadar doações. A última, com tema central do Dia das Crianças, durou de setembro a outubro e reuniu quase 400 brinquedos, que foram doados para creches apoiadas.
Outra nuance, são as feiras temáticas, como a do Halloween, que teve a participação de várias crianças e moradores trajando fantasias no parque Aggeo Pio Sobrinho.
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