Por Gabriel Pimenta
Em 20 de agosto de 2022, a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) (Prefeitura de Belo Horizonte) anunciou o fim da obrigatoriedade máscaras em locais fechados e por alguns meses os números de infectados e óbitos pelo vírus diminuíram. Em novembro esses números voltaram a crescer exponencialmente e devido a isso a PBH decidiu por voltar com o uso obrigatório de máscaras em transportes, decisão que foi prorrogada até 3 de janeiro de 2023. O número de infectados cresceu mais de 500% entre os dias 9 e 29 de novembro e chegou a alcançar números maiores durante esse período.
Com o grande aumento nos números de infectados, o questionamento sobre um novo isolamento social volta, mas o médico infectologista, João Gentillini tranquiliza quanto a isso:
“Isolamento social da forma que tivemos no início da pandemia é muito pouco provável de termos de volta porque agora já temos vacinas e uma parcela da população vacinada. As pessoas vacinadas que se infectam apresentam uma chance bem menor de internação e agravamento do quadro. Além disso já temos anticorpos monoclonais e antivirais conhecidos na luta contra o vírus, já não é mais um agente novo e desconhecido”, explica.
Doutor João também esclareceu que essa nova onda não deve ser pior do que já passamos, mas podem afetar as festas de final de ano, principalmente pela falta de reponsabilidade dos infectados e a ausência de um isolamento social deles.
Soraia Ferreira de Almeida conta que contraiu o vírus da covid duas vezes e teve sintomas leves em ambas as vezes, mas que sentiu uma dor de cabeça muito forte nessa última onda do vírus, Soraia também fala sobre a vacina:
“A vacina com certeza reduziu muito o agravamento dos sintomas da covid. Que continuem vacinando a quarta, quinta dose… também é importante ter consciência de se proteger em ambientes fechados com a máscara”.
As medidas não farmacológicas, como o uso de máscaras, vieram para ficar. Em ambientes fechados e com grandes aglomerações são muito importantes para a proteção individual e coletiva. A obrigatoriedade, como recentemente ocorreu para os meios de transporte vão depender dos indicadores epidemiológicos. Devemos lembrar que a pandemia ainda está em curso e manter as vacinas em dia e o uso dos meios não farmacológicos, bem como a obediência as orientações das instituições de saúde são fundamentais ao combate do vírus.
“O coronavírus é um vírus que veio para ficar. Provavelmente teremos que nos vacinar anualmente, com vacinas atualizadas com base na cepa viral circulante, a despeito do que já ocorre com o H1N1. A vacina é uma ação individual que impacta no coletivo portanto quanto mais pessoas estiverem com seu calendário vacinal atualizado, menor será o impacto desta doença na população”, explica o doutor João Gentillini.
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