Ansiedade no mundo pet

Por Virgínia Pedrosa


Ansiedade no trabalho, na faculdade ou na vida pessoal. A doença do século XXI está sempre ligada ao ser humano e a todas as maleficências que ela traz para nós. Mas você sabia que o seu pet também pode estar sofrendo desse mal? Aquela felicidade exacerbada de quando chegamos em casa, toda a festa e a bagunça podem ser sinais do transtorno em nossos filhos de quatro patas.

Em conversa com o médico veterinário Lucas Silvino ele nos conta o que é, e como ajudar nossos amiguinhos.

Existem duas formas de transtorno de ansiedade em animais, a psicológica e a física. A ansiedade causada por transtornos psicológicos em sua maioria é desencadeada pela forma de criação e o ambiente em que o animal se encontra: solidão, sedentarismo, falta de enriquecimento ambiental, agressão. Já os fatores físicos são comuns em animais não castrados, tornando-se mais suscetíveis ao estresse e a ansiedade por questões hormonais.

Algumas das características de animais que sofrem de ansiedade ou transtorno do abandono, são latidos e uivos excessivos na saída e na chegada dos seus tutores, agressividade, falta de apetite, comportamento destrutivo com o ambiente e até mesmo a automutilação.

Há formas de controle da ansiedade pelo ambiente em que os animais estão enquadrados: bebedouros, comedouros e brinquedos educativos são uma boa ideia para aliviar o estresse, a prática de passeios, brincadeiras e atividades físicas também são formas de melhora do ambiente. O acompanhamento periódico a veterinários e uma alimentação saudável são indispensáveis no tratamento e na vida dos nossos amados bichinhos.

Confira abaixo algumas dicas para melhorar a ansiedade em animais:

1 – Crie uma rotina diária com seu pet desde filhote, mantenha horários para alimentação, brincadeira, exercícios e passeios.

2 – Imponha limites, ensine-o que a sua saída não é um abandono, deixe o animalzinho com brinquedos e não faça de sua chegada um motivo de festejo. Mostre e estabeleça limites no espaço de cada um, sua cama é sua cama e por mais gostoso e divertido que possa ser, não é aconselhável que o pet o acompanhe nessa hora.

3 – Passeios e exercícios físicos são uma ótima maneira de manter o animalzinho feliz, saudável e relaxado. Tente manter o equilíbrio entre a saúde física e a mental.

4 – Mantenha um ambiente tranquilo, calmo e divertido. De preferência que não sejam inundados com barulhos externos e que deixem seu bichinho feliz e confortável.

5 – A rotina dele também merece uma atenção especial por parte do tutor, dedique um tempo ao seu companheirinho de quatro patas, faça com que ele se sinta amado e acolhido.

6 – Estimule seu pet mental e fisicamente, ensine truques e mostre que ele será recompensado. Procure truques fáceis e que possam auxiliá-lo no dia-a-dia. Manobras como “senta”, “deita” e “fica”, são muito úteis para a educação e o tratamento da ansiedade nos animais.

7 – Não se esqueça da alimentação e da hidratação do animal, a saúde física é um fator importantíssimo para manter o bem estar mental e a boa convivência com o tutor.

 

Jornal Daqui BH

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