Por Victória Farias
Os trabalhos foram idealizados pelos alunos do 7º período na disciplina Projeto Interdisciplinar (PI) e apresentados no Circuito Acadêmico 2017/1º. As criações vão de bicicletas adaptáveis a cadeira de rodas, mesas de estudo adaptável para cadeirantes, andador para crianças com mobilidade reduzida e cadeira de rodas articulada para cachorros.
Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), em conjunto com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 27 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deferência física. Essa foi uma das motivações para a criação da “Wheelchair Bike”, ou em português, bicicleta de cadeira de rodas.
A ideia foi possibilitar a independência dos cadeirantes por meio da bicicleta, além do incentivo da prática de exercícios físicos para a melhora da saúde.
Também pensando em tornar a vida de pessoas com deficiência mais acessível, outro grupo foi responsável pelo desenvolvimento da “Mesa Adaptável Para Cadeirantes”. Projetada para atender especialmente crianças e adolescentes portadores de necessidades especiais, o projeto teve a intenção de criar uma mesa de estudos ajustável pelo próprio cadeirantes, o que facilitaria o seu processo de aprendizagem e independência.
Já a pesquisa “Sarah” foi desenvolvida para ajudar a uma criança em especial. Sarah Kemelly (9) é portadora da Síndrome de Leigh – conhecida por atacar o sistema nervoso central, impossibilita a mobilidade e desenvolvimento de seu portador.
Sarah esteve presente durante a apresentação do projeto e testou o protótipo.
A tentativa de se alcançar a acessibilidade também pode ser encontrada no meio animal. Muitos pets têm a mobilidade reduzida como resultado de acidentes, o que levou à idealização de uma cadeira de rodas articulada para pets, que consiste em aros que são encaixadas ao corpo do animal, com ajuda de correias, para desempenharem o papel das patas.
Segundo Benedito Andrade, professor responsável pela coordenação dos projetos, os grupos desenvolveram seus protótipos individualmente, colocando em prática suas habilidades de acordo com os seus interesses.
“Pode-se notar que, mesmo que os trabalhos não sejam de engenharia avançada, quando há sentido no que eles desenvolvem, vão surgindo soluções práticas de grande eficiência, aplicabilidade e baixo custo. A ideia não é pensar no produto por si só, mas na aplicação real que ele pode proporcionar, buscando atender a necessidade de quem vai utilizá-lo”, diz Andrade.
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