Por Victória Alcântara

Com a chegada da pandemia da Covid-19, em março deste ano, o sistema de saúde do Brasil precisou passar por adaptações para conseguir oferecer atendimento de qualidade à população. O mesmo ocorreu em Belo Horizonte. Desde o início, a Secretaria Municipal de Saúde tem tomado medidas para se adequar ao momento atípico.

As mudanças não aconteceram apenas nos grandes hospitais, que estão na linha de frente do tratamento, mas também nos centros médicos da cidade, onde grande parte da população é atendida.

A ATUAÇÃO DOS POSTOS DE SAÚDE

Segundo o Governo Federal, as Unidades Básicas de Saúde são a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). Eles lidam com a maior parte dos problemas de saúde da população e, em casos mais graves e emergenciais, encaminham o paciente para outros serviços, como os hospitais.

Isso não mudou com a pandemia do novo coronavírus, pelo contrário. Agora, mais do que nunca, os postos de saúde são indispensáveis, para que os hospitais continuem focados nos casos mais graves. Por isso, os centros médicos de Belo Horizonte continuam atendendo normalmente, inclusive pacientes com sintomas leves da doença.

Contudo, para suprir as novas necessidades de saúde dos cidadãos, os centros médicos de Belo Horizonte passaram por mudanças na sua atuação. “O que a gente fez foi organizar o fluxo no atendimento dentro do centro de saúde. Para isso, a gente fez rearranjo interno de profissionais”, explica Fabiano Gonçalves, gerente de Atenção Primária à Saúde da capital mineira.

Segundo Fabiano, não houve necessidade de contratar mais profissionais e, nem mesmo, de aumentar o horário de funcionamento das unidades. “Belo Horizonte já tem um horário diferente quando comparado com outras cidades, já é maior. Os centros de saúde abrem de 07:00 às 19:00 horas, então o que a gente fez foi manter o horário nesta pandemia”.

Além dos tradicionais serviços disponibilizados nas unidades básicas de saúde, elas também estão fornecendo atendimento para pacientes com sintomas leves de Covid-19. Em casos graves, o paciente é encaminhado para as Unidades de Pronto Atendimento.

“Ao longo da pandemia a gente já teve inúmeros casos que foram classificados e foram para isolamento. Já tivemos também inúmeros casos que precisaram ir para outras unidades de saúde. Hoje, a gente não tem centro de saúde que, em algum momento, não tenha tido nenhum caso”.

Além das medidas já citadas, houve também uma separação das portas de entrada para pacientes que possuem sintomas respiratórios para que, desta forma, não tenham contato com os demais.

REGIONAL OESTE

A Regional Oeste, atualmente, registra o maior número de casos de Covid-19 confirmados em Belo Horizonte. Segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pela prefeitura da capital na última quinta-feira, dia 25/06, a região já ultrapassa 110 confirmações e 12 óbitos confirmados. No entanto, apesar dos altos números, a Secretaria Municipal de Saúde não adotou nenhuma medida especial para os postos de saúde da região.

“O modo de atender é o mesmo em todas as unidades, nós temos um protocolo único de atendimento. Mas é claro que, se tiver um centro de saúde com o número de casos aumentado, a gente vai reforçar as questões de vigilância e as questões de orientação da população para tentar entender porque aquele local tem mais casos”, afirma Fabiano.

No Centro de Saúde Betânia, a equipe foi dividida em duas para que o atendimento ocorra durante o dia inteiro. “A equipe verde fica no acolhimento de manhã, a partir das 07 horas, e a equipe vermelha começa 10 horas e vai até o horário do fechamento”, relata funcionária que não quis se identificar.

Na unidade, os pacientes com sintomas similares ao do novo coronavírus estão sendo mantidos isolados dos outros pacientes. É o que conta Juliana Braga, que acompanhava seu filho. “Como ele estava com um pouco de infecção na garganta, ele teve que permanecer do lado de fora até o atendimento e a triagem. Apesar dele não ter nenhum sintoma além da infecção na garganta, a gente não pôde entrar.”

Apesar de estar funcionando em horário normal, o atendimento do centro ainda não foi totalmente normalizado. Isso porque funcionários estão afastados e há ausência de médicos. No entanto, essa situação não parece atrapalhar o acolhimento. “Eu não vi mudança, está tranquilo. Eles me atenderam normalmente”, afirma Leandro Henrique, paciente e morador do bairro.

Além do Centro de Saúde Betânia, a regional Oeste ainda conta com outros 17 centros médicos:

  • Centro de Saúde Cabana – (31) 3277-7040;
  • Centro de Saúde Cícero Idelfonso – (31) 3277-7040;
  • Centro de Saúde Conjunto Betânia – (31) 3277-5982;
  • Centro de Saúde Havaí – (31) 3277-6484;
  • Centro de Saúde Noraldino de Lima – (31) 3277-7042;
  • Centro de Saúde Amilcar Vianna Martins – (31) 3277-1544;
  • Centro de Saúde Salgado Filho – (31) 3277-5478;
  • Centro de Saúde Santa Maria – (31) 3277-9145;
  • Centro de Saúde São Jorge – (31) 3277-6598;
  • Centro de Saúde Ventosa – (31) 3277-6479;
  • Centro de Saúde Vila Imperial – (31) 3277-9104;
  • Centro de Saúde Vila Leonina – (31) 3277-9632;
  • Centro de Saúde Vista Alegre – (31) 3277-9604;
  • Centro de Saúde Waldomiro Lobo (31) 3277-9065;
  • Centro de Saúde Palmeiras – (31) 3277-6485;
  • Centro de Saúde Camargos – (31) 3277-2132;
  • Centro de Saúde João XXIII – (31) 3277-9131.

Vale lembrar que os horários de funcionamento variam de 6h30 às 18h30 e de 7h às 19h. Consulte o horário do posto da sua região no site da Prefeitura de Belo Horizonte.