Proprietário da feira noturna diz que o estabelecimento obedece à lei de silêncio e que melhorias serão feitas
Por William Araújo
Após moradores do bairro Buritis reclamarem nas redes sociais e na Prefeitura de Belo Horizonte sobre o incômodo causado pela música vinda da feira noturna Night Market, a Associação de Moradores do Bairro Buritis (ABB) se reuniu com o responsável pelo estabelecimento para propor uma resolução pacífica para o caso. Desta reunião surgiu o Termo de Acordo Extrajudicial, assinado, no dia três de fevereiro, por membros da ABB e dono da feira.
O Termo de Acordo Extrajudicial prevê que o proprietário do estabelecimento faça melhorias para contenção do som que é emitido pela feira no prazo máximo de 60 dias. Se o acordo não for cumprido, a ABB entrará com ação judicial de execução cível contra o responsável pela Night Market.
O acordo se encontra disponível no site da ABB. Veja aqui.
Entenda o caso
O estabelecimento Night Market é uma feira noturna nos moldes nova-iorquinos com drinks, variedade de comidas e músicas. Localizada na rua Wilson Rocha Lima, no bairro Estoril, funciona de sexta-feira a sábado, de acordo com o proprietário Matheus Braick.
A localização da feira em um dos pontos mais altos de Belo Horizonte (próxima à Raja Gabáglia, sentido BH Shopping) propicia que o som das músicas se propague por bairros vizinhos sem qualquer retenção. Como o bairro Buritis é a região de maior verticalização de Belo Horizonte e faz limite com o bairro do estabelecimento, seus moradores são afetados pela poluição sonora.
Alguns residentes chegaram a mudar de apartamento para fugir do barulho, mas como o próprio professor e coordenador do Laboratório de Acústica e Dinâmica da Estrutura da UFMG Marco Antônio M. Vecci informou a outros jornais, nas atuais circunstâncias, o ruído pode chegar a distâncias superiores a dois quilômetros.
Para pressionar a resolução do problema por parte do dono do estabelecimento, moradores do bairro Buritis fizeram denúncias à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Polícia Militar e Polícia Civil. Agora, sugerem um boicote à feira por meio das redes sociais.
A PBH, no dia 28 de janeiro, multou o estabelecimento por estar funcionando com atividades diferentes do que as de um restaurante – tipo que foi registrado pelo proprietário. O dono do estabelecimento alegou que a feira noturna segue o regimento estipulado pela cidade.
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